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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Enfermos em estado vegetativo não perdem seus direitos

- As pessoas em estado vegetativo não perdem sua dignidade e direitos, por isso devem ser tratadas com particular amor ao encontrar-se em uma situação de total necessidade, assegura João Paulo II.

«Sinto o dever de afirmar com vigor que o valor intrínseco e a dignidade pessoal de todo ser humano não mudam, independentemente de quais sejam as circunstâncias de sua vida», afirmou este sábado ao receber 400 participantes de um congresso promovido pela Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC) e da «Academia Pontifícia para a Vida».

O tema do encontro --celebrado em Roma de 17 a 20 de março-- foi «Os tratamentos de apoio vital e o estado vegetativo. Progressos científicos e dilemas éticos».

«Um homem, ainda que esteja gravemente enfermo ou limitado no exercício de suas funções mais elevadas, é e será sempre um homem, nunca se converterá em um “vegetal” ou em um “animal”», sublinhou o Santo Padre no amplo discurso em italiano que entregou aos presentes.

«Nossos irmãos e irmãs que se encontram na condição clínica de “estado vegetativo” conservam toda sua dignidade humana. O olhar amoroso de Deus Pai segue pousando sobre eles, reconhecendo-lhes como filhos seus, particularmente necessitados de assistência», indicou.

«Os médicos e os agentes de saúde, a sociedade e a Igreja têm deveres morais para com estas pessoas, dos quais não podem eximir-se, sem trair as exigências da deontologia profissional e da solidariedade humana e cristã», sublinhou.

«O enfermo em estado vegetativo, em espera de recuperar-se ou do final natural, tem, portanto, direito a uma assistência de saúde básica (alimentação, hidratação, higiene, calefação, etc) e à prevenção das complicações ligadas a seu estado», reivindicou o bispo de Roma.

A prolongação do estado vegetativo, acrescentou, «não pode justificar eticamente o abandono ou a interrupção dos cuidados mínimos do paciente, inclusive a alimentação ou a hidratação. A morte por fome ou sede, de fato, é o único resultado possível em caso de que se suspendam».

Se é provocada «de maneira consciente e deliberada», trata-se de «uma autêntica eutanásia por omissão», concluiu.

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