- Ainda recentemente, em Montecatini (Itália), Franco Zeffirelli falou num congresso dos Centros de Ajuda à Vida, ligados ao Movimento Internacional pela Vida, e disse coisas interessantíssimas:
"Estamos numa civilização niilista e materialista. A legalização do aborto é uma prova disso. Não há mais educação para a vida. Já derrubamos todas as paredes. A verdade escapa por todos os lados. A verdade é esplêndida, como nos recordou o Papa. Mas a hipocrisia da lei 'para proteger a mulher grávida' é descorada. Descorada foi a hipocrisia dos parlamentares que aprovaram o extermínio dos inocentes."
Zeffirelli fez seu apelo do Papa às mulhereres bosníascas, estupradas vergonhosamente durante a guerra, e pediu-lhes que dessem à luz e conservassem consigo os filhos da violência. "A grandeza e a sacralidade da vida - disse Zeffirelli - estão acima de qualquer outro sofrimento."
E o grande diretor de cinema acrescentou: "O drama da Bósnia me atinge fundíssimo; mas creio que ao nascituro não interessa saber se seu pai é branco, ou preto, ou bosníaco, pois sua vida deve derrotar a violência e a morte." Segundo Zeffirelli, "devemos dar a qualquer feto o direito de existir... Matar a criança não apaga a violência cometida contra a mãe; apenas acrescenta novo sofrimento ao sofrimento já acontecido." O cineasta convidou seus ouvintes "a não se envergonhar de ser antiabortistas". Pelo contrário, era preciso que eles se tornassem "ainda mais militantes". E contou uma história pessoal:
"Eu sou filho de N.N." ( Não tem pais conhecidos), "sou uma espécie de aborto frustrado, e sei muito bem o que é nascer contra a vontade dos outros. Por isso, dou ainda mais valor ao dom da vida uma vez recebido." Lembrou "Também Beethoven esteve para ser abortado: sua mãe estava doente e em dificuldades financeiras. O mesmo ia acontecendo com minha mãe. Sou filho ilegítimo, estou no mundo um pouco por acaso. " E ele concluía que a maternidade, mesmo ilegítima, não deve caminhar para o aborto. A geração pode ter sido pecaminosa; a maternidade é sempre santa... Horrível é a mãe matar o filho.
As pessoas estão evitando usar palavras que comprometem. Preferem camuflar seus atos com palavras neutras: "A mulher deve ser protegida." "A mulher que engravida e não tem condições de levar a termo sua gravidez..." Não dizem "mãe", mas "mulher". Não dizem "filho", mas "feto", concepto, etc. Como se pudessem mudar as coisas mundando-lhes o nome. Por isso, Zeffirelli falava em "hipocrisia": A GENTE NÃO QUER ENCARAR A BRUTALIDADE DO FATO, MAS NÃO QUER EVITAR O FATO BRUTAL.
(Extraído do livro: Teologia de Jornal - Uma interpretação teológica dos fatos - Pe. Paschoal Rangel, páginas 39 e 40)
"Estamos numa civilização niilista e materialista. A legalização do aborto é uma prova disso. Não há mais educação para a vida. Já derrubamos todas as paredes. A verdade escapa por todos os lados. A verdade é esplêndida, como nos recordou o Papa. Mas a hipocrisia da lei 'para proteger a mulher grávida' é descorada. Descorada foi a hipocrisia dos parlamentares que aprovaram o extermínio dos inocentes."
Zeffirelli fez seu apelo do Papa às mulhereres bosníascas, estupradas vergonhosamente durante a guerra, e pediu-lhes que dessem à luz e conservassem consigo os filhos da violência. "A grandeza e a sacralidade da vida - disse Zeffirelli - estão acima de qualquer outro sofrimento."
E o grande diretor de cinema acrescentou: "O drama da Bósnia me atinge fundíssimo; mas creio que ao nascituro não interessa saber se seu pai é branco, ou preto, ou bosníaco, pois sua vida deve derrotar a violência e a morte." Segundo Zeffirelli, "devemos dar a qualquer feto o direito de existir... Matar a criança não apaga a violência cometida contra a mãe; apenas acrescenta novo sofrimento ao sofrimento já acontecido." O cineasta convidou seus ouvintes "a não se envergonhar de ser antiabortistas". Pelo contrário, era preciso que eles se tornassem "ainda mais militantes". E contou uma história pessoal:
"Eu sou filho de N.N." ( Não tem pais conhecidos), "sou uma espécie de aborto frustrado, e sei muito bem o que é nascer contra a vontade dos outros. Por isso, dou ainda mais valor ao dom da vida uma vez recebido." Lembrou "Também Beethoven esteve para ser abortado: sua mãe estava doente e em dificuldades financeiras. O mesmo ia acontecendo com minha mãe. Sou filho ilegítimo, estou no mundo um pouco por acaso. " E ele concluía que a maternidade, mesmo ilegítima, não deve caminhar para o aborto. A geração pode ter sido pecaminosa; a maternidade é sempre santa... Horrível é a mãe matar o filho.
As pessoas estão evitando usar palavras que comprometem. Preferem camuflar seus atos com palavras neutras: "A mulher deve ser protegida." "A mulher que engravida e não tem condições de levar a termo sua gravidez..." Não dizem "mãe", mas "mulher". Não dizem "filho", mas "feto", concepto, etc. Como se pudessem mudar as coisas mundando-lhes o nome. Por isso, Zeffirelli falava em "hipocrisia": A GENTE NÃO QUER ENCARAR A BRUTALIDADE DO FATO, MAS NÃO QUER EVITAR O FATO BRUTAL.
(Extraído do livro: Teologia de Jornal - Uma interpretação teológica dos fatos - Pe. Paschoal Rangel, páginas 39 e 40)
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